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Fui. Sou. Serei...

Pensamentos do (meu) mundo.

Fui. Sou. Serei...

Pensamentos do (meu) mundo.

19.Mar.24

Cidade

Francisco
  Chega-me a agitação noturna Seguindo as estrelas fumo industrial; A maquinação em histeria! O pulsar ludibrioso da cidade Que só sente quem por ela caminha. As turbinas em movimento  Com breves compassos de descanso, A incongruência do que se move e se mostra parado A procura de uma verdade num edifício bem montado Na mentira que é saber que foi com defeito edificado. A cidade mente até no seu brilho natural Quando a luz não lhe chega do sol mas de forjado lampião.
18.Mar.24

...

Francisco
This songs that cut the silence Hold my chest high, to make bigger the fall. The repetition testing my patience Wanting to see me crawl.   Little do I know that the lyrics are my own, The instruments playing my heart And the voice singing my soul.
18.Mar.24

Estático

Francisco
  Algo me segura as palavras, Ou sinto minhas palavras não valerem nada... Sou estátua no meio d'uma praça Que tenho eu a dizer à gente que passa?   A haver um feitiço que me desprenda do mármore, Que minhas articulações de bronze Se façam em carne, Que as joias que me arrancaram  Não me castiguem o valor Pois mesmo sem pernas ou braços Não me sei ser aos bocados!   Se meu peito lateja Sou eu todo meu peito E se minha ação for só observar gente Faltarei (...)
17.Mar.24

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Francisco
Sou ingénuo a acreditar Que tudo é verdadeiro Quando a amar, Que leva brando o veleiro   O vento em alto mar. A tempestade que se adivinha As nuvens a dançar, O escuro ser a noite que caminha   Esperando-se chegar o luar! Oh, que o amor me é tudo isto, Seguir contra qualquer encontro e velar Gravando-o não em papel mas em xisto.
17.Mar.24

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Francisco
O dia vem claro Mas não a clareza do dia, O preço por ela é caro - Tivesse eu sabedoria!   Que o sol me queime a fronte, Minha vista nele se encontra Pois meu peito bebe da fonte Da luz que nele entra.
16.Mar.24

...

Francisco
Adormeço e acordo E o pensamento é o mesmo, De quem virei brinquedo  Alvo de gozo e sarcasmo.   Entretém-se a alma Que se viu no peito crente Numa salva de palmas A mim, que se via inocente.   Peco por falar e por manter o silêncio. À vida, que nada pedi, só isto me ofereceu... Como posso querer mais, se meu mundo é fictício?
16.Mar.24

...

Francisco
Nesta vida que sigo enganado Troco os passos e sigo calado Carregando o peso de minha consciência Que me apunhala em dolorosa cadência.    Perco a mão que segurava Que m'acalmou a alma brava. Prisioneira de meu olhar Que soube nunca capaz de amar   Oh, tempo! Passa verdadeiro, Revela-me no teu tinteiro Que cores uniste à minha!   Mostra-me no teu livro emprestado do destino E badala a resposta em dourado sino Que minha alma anseia e adivinha.
16.Mar.24

...

Francisco
Ah, que têm chegado dias cinzentos Como se a alma me fosse externa  E todo o mundo observasse a cisterna De meus sentimentos sedentos.   Vai que transborda, Que todos vejam o que tenho por dentro Sem receio de o mostrar para além d'ao vento Pois meu peito alimenta-se e engorda!   Qu'ignorância a minha... Se meu peito acorda E prende-se por uma corda Não sei quem com ele caminha.
15.Mar.24

Amanhã

Francisco
  Adormeci neste dia Minha alma vagueia Eu espírito em apneia Entre o real e magia   Oh, minha papoila de ópio Tua influência meu agrado Eu ao fracasso fadado A quem ser triste é próprio   Chega-me o sono  Euforia e transbordo Trinco e mordo Cai folha de outono   No longo inverno de meu sopro Tudo frio e gelo, um sufoco Nas palavras de um louco Idas p'lo vento num assopro.
14.Mar.24

...

Francisco
Meus passos borram a estrada Daquilo que me sou  E deixo na calçada, Questionando para onde vou.   Sempre para onde vou, Sempre quem vai. Cansado de onde estou... Tão cansado quanto a vida me trai.